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Mudei de opinião

por aespumadosdias, em 28.04.09

Foi anunciada a semana passada que a escolaridade obrigatória passará para 12 anos. Assim, os alunos devem ficar na escola até aos 18 anos. A medida irá aplicar-se aos alunos que se vão inscrever no sétimo ano, no próximo ano lectivo e, por isso só vai começar a ser sentida daqui a três anos. No entanto dizem que não vai ser necessário contratar mais professores, apesar de haver um aumento significativo do número de alunos. Será que as turmas passarão a ter mais de 40 alunos?

Eu era a favor desta medida, mas depois de ver o que se passa na minha escola mudei de opinião. Actualmente os alunos só não fazem o 9º ano se não quiserem, pois nos cursos de educação e formação a exigência é mínima. Mesmo depois no secundário, se forem para um curso profissional, o aumento da exigência também não é por aí além. Por exemplo, os meus alunos dos profissionais não se esforçam quase nada, não realizando todas as tarefas que proponho, nem estudando para os testes. Assim, vão realizando os vários módulos se os testes forem fáceis e se estiverem com alguma atenção nas aulas.

Deste modo, o que o governo deveria fazer era deixar de governar para as estatisticas, aumentando a exigência e referindo que quanto maior a escolaridade mais fácil seria arranjar um emprego digno. Depois cada pessoa era livre de fazer o que quisesse.

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publicado às 09:04


9 comentários

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De Cláudia a 28.04.2009 às 10:35

Eu acho que as turmas deviam ter apenas 20 alunos...mais que isso é desorganização.
Tambem acho que as coisas estão muito facilitadas aos miudos!
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De vicio a 28.04.2009 às 11:27

vai sonhando!
as estatísticas é tudo o que lhes interessa, sejam reais ou não!
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De Gema a 28.04.2009 às 13:18

Qualquer dia, os alunos nem precisam de ir ás aulas, que o Governo manda passá-los na mesma...
É ridiculo tudo o que se passa neste país :(
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De Jorge Soares a 28.04.2009 às 14:19

Completamente de acordo, como estão as coisas vamos ter um pais de analfabetos funcionais

Jorge
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De Moira a 28.04.2009 às 14:30

Estou plenamente de acordo, este país funciona na base das estatísticas, não foi para isso que criaram as novas oportunidades?
Fazes a tua biografia e passas a ser "um analfabeto" letrado.
Que triste realidade!
Acredito que muitas pessoas preferiam "conhecimento", coisas que se aplicassem à vida real.
Moira
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De Anónimo a 28.04.2009 às 17:47

Esta é uma daquelas medidas, que ainda que não me afectem minimamente (quando muito aos meus garotos...), faz-me uma enorme confusão... eque já lá vem desde os meus tempos da "carteira da escola":
Para tomar esta medida, não deveriam ter sido ouvidas todas as partes interessadas, sobretudo os visados da medida, que por muito "pouco que tenham na cabeçinha", no que toca a defender os seus interesses, os seus desejos, as suas ambições, nem todos serão assim tão tolinhos?... A qualidade do ensino não se faz sem amplo e longo debate, sem uma troca "sincera" de ideias... porque afinal é do futuro desses que se está a falar e a regulamentar, e nem sempre a nossa adulta visão do mundo (aliás, muito raramente...), coincide com a "palete de opções" que os nossos garotos um dia irão tomar!
Não lhes restará senão somente desmontar o "puzzle" mal feito, que os seus Pais deixaram...

Esta é somente uma daquelas "imposições" sem reflexo no futuro, quem sabe... porque a "questão" deveria ficar na tónica de "tornar" a escola aliciante de forma a nã se se verificarem tantos e crescentes abandonos escolares; é matéria sensivel e demorada (sem resultados palpáveis no curto prazo, é natural!)... mas daí a decretar "qualidade" de habilitações, esticando-as até onde não existem... é quase perverso; até porque as "novas oportunidades" são muito aliciantes... mesmo que pouco ou nada acrescentem ao "individuo", a não ser a facilidade com que se "agarra" em meia dúzia de meses, aquilo que muitos demoram anos a fio... faz lembrar a questão da maçã de plástico: até parece mesmo verdadeira...
É só um ponto de vista, entre muitos... até porque ninguém conhece todos os lados da nuvem!

Um grande abraço

Leonardo B.
Bizarril

www.impressoesdigitais2.blogspot.com
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De C.M. a 28.04.2009 às 18:27

Olá
Concordo contigo. Da maneira que o ensino anda, a facilitar-se a passagem de ano dos mais preguiçosos, não vejo bem qual é o interesse de prolongar a palhaçada por mais uns anos até ao 12º. Talvez seja uma maneira de evitar que entrem para o mercado de trabalho..... Mas que isto vai muito mal, vai. Hoje em dia, os bons alunos não são valorizados e os que andam só a passear os livros sabem bem que não precisam de fazer nada para passar. Eles SABEM bem disso!!! E nós, professores, ficamos com caras de bôbo da corte!
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De Zé da Burra o Alentejano a 29.04.2009 às 12:26

As reprovações nas escolas públicas vão ser gradualmente banidas e a tendência será a de que ao fim de 12 anos de escola todos os alunos possam ter o 12.º ano de escolaridade, fazendo subir com isso os índices de escolarização dos portugueses. O nível de conhecimentos adquiridos será inevitavelmente muito baixo, mas o que importa são as ESTATÍSTICAS, e assim Portugal poderá figurar "orgulhosamente" na lista de países com maior número de anos de escolaridade.

O 12.º ano vai ser em breve a escolaridade mínima obrigatória. Embora os jovens passem a sair do sistema de ensino com poucos conhecimentos académicos, pelo menos, enquanto por lá andam também não figuram nas estatísticas dos desempregados, o que também é bom para as tais ESTATÍSTICAS.

Assim, o facto de virem a exibir o certificado de habilitações do 12.º ano deixará em breve de dar qualquer indicação às entidades empregadoras relativamente às reais qualificações dos jovens que então vão sair das escolas e, em consequência, terão que ser as entidades empregadoras a testar os conhecimentos dos candidatos aos empregos que oferecerem. Não começaram já a fazê-lo há algum tempo?

Os alunos que frequentarem as escolas públicas poucas possibilidades terão de atingir os necessários conhecimentos para prosseguirem os estudos. Assim, os pais que desejem para os seus filhos um curso superior terão que começar a consciencializar-se desde já que a escola pública não será o caminho aconselhável para a preparação dos seus filhos, mesmo que sejam crianças inteligentes e interessadas. O ambiente não será o melhor para que tenham sucesso por vários motivos:

1.º) na mesma sala coexistirão muitos alunos com fracos conhecimentos, porque não havendo reprovações, não haverá necessidade de empenho, nem nos estudos, nem na assiduidade às aulas;
2.º) com o fim do ensino especial terão por colegas jovens com deficiências várias: auditivas, de comunicação e até psíquicas;
3.º) nem todos os jovens são iguais: há génios, mais ou menos inteligentes e até jovens com capacidade de aprendizagem muito limitada. Mas a escolaridade obrigatória é para ser conseguida por todos eles. Quem não a conseguir nunca será um verdadeiro cidadão e poderá nem ter acesso a tirar uma simples carta de condução para ser um mero distribuidor de bilhas de gás.
4.º) porque todos os jovens são obrigados a frequentar a escola enquanto menores, mesmo que por ela não revelem qualquer interesse, terão por colegas outros jovens que apenas por lá andam porque o sistema a isso os obriga. Alguns deles utilizam a escola, os colegas e até os professores para se divertirem, gozando-os e boicotando as aulas.

Enfim, o Ensino vai de mal a pior!
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De Pato Sábio (PS) a 29.04.2009 às 14:22

EUREKA! descobri a maneira de reduzir o nº de desempregados. Em breve, Portugal vai reduzir o número de desempregados, para isso deverá aumentar a escolaridade obrigatória para todos os portugueses até aos 30 anos de idade. Até essa idade serão estudantes, não figuram nas estatísticas de desempregados, e serão precisos muitos mais professores (mais empregos).

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