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Já é a 3ª vez que se anuncia um aumento de impostos. Agora o governo decidiu atacar os mais ricos mas só um bocadinho para não incomodar muito. Na 4ª feira o ministro das finanças anunciou uma taxa adicional de 2,5% para os contribuintes com rendimentos mais elevados, ou seja sobre a parcela do rendimento coletável que exceda o limite que tem o último escalão de IRS, e uma outra de 3% para as empresas com lucros acima de 1,5 milhões de euros. Para além disso, os sujeitos passivos dos últimos dois escalões de rendimentos deixarão de fazer deduções à colecta na saúde, educação e nos encargos com imóveis.
Estas taxas adicionais de IRS e IRC representam uma receita para o Estado que não chega a 100 milhões de euros.
O ontem o primeiro-ministro em Berlim, onde foi encontrar-se com Ângela Merkel, afirmou que estas medidas são para durar durante 2 anos.
Hoje Vítor Gaspar vai ao Parlamento e a comunicação social já diz que vão ser anunciados cortes na despesa no valor de 1500 milhões de euros, sendo o sector da saúde o mais afectado (810 milhões de euros). Uma das medidas que será tomada é a revisão da tabela de preços no Serviço Nacional de Saúde. Na Educação, os cortes chegarão quase aos 507 milhões.
Entretanto, na 4ª feira a União Europeia veio informar que há uma derrapagem de 500 milhões de euros nas contas madeirenses, que tem um peso de 0,3% no défice nacional. Sobre isto o governo não se pronuncia, nem toma medidas.
Foto do blog Henricartoon.