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A TSF ontem à noite assinalou o centenário do nascimento de Manuel da Fonseca, revisitando as memórias do grande escritor neorealista (Santiago do Cacém, 15 de Outubro de 1911 - Lisboa, 11 de Março de 1993). Conheci a sua obra quando no 11º ano, em Português, demos a obra O Fogo e as Cinzas. Comecei nessa altura a ser fã dele, seguindo a partir daí a sua obra e as diversas entrevistas que foi dando na rádio e às vezes na televisão.
Hoje é inaugurada a exposição "Por Todas as Estradas do Mundo", no Museu Municipal de Santiago do Cacém, patente até 26 de maio do próximo ano, produzida pelo Museu do Neo-Realismo, situado em Vila Franca de Xira.
Ficam aqui as obras de Manuel da Fonseca: Rosa dos ventos, Planície, Poemas dispersos, Poemas completos, Obra poética, O Largo (Poesia), O Retrato, Aldeia Nova, O Fogo e as cinzas, Um anjo no trapézio, Tempo de solidão, Tempo de solidão (Contos), Cerromaior, Seara de vento (Romance), Crónicas algarvias, À lareira, nos fundos da casa onde o Retorta tem o café, O vagabundo na cidade, Pessoas na paisagem (Crónicas).
"Era o centro da Vila. Os viajantes apeavam-se da diligência e contavam novidades. Era através do Largo que o povo comunicava com o mundo. Também, à falta de notícias, era aí que se inventava alguma coisa que se parecesse com a verdade. O tempo passava, e essa qualquer coisa inventada vinha a ser a verdade. Nada a destruía: tinha vindo do Largo. Assim, o Largo era o centro do mundo."
in "O Fogo e as Cinzas"