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Faria de Oliveira, ex-ministro do comércio e turismo dos governos do PSD de 1987 a 1995, actualmente presidente não executivo da Caixa Geral de Depósitos, foi eleito no dia 4 de Abril presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), substituindo António de Sousa no cargo. Na direcção da APB estão todos os outros responsáveis máximos dos bancos em Portugal. É muito estranho que tenham escolhido para o lugar de presidente o responsável máximo do banco do estado. Anteriormente António de Sousa não pertencia a nenhum banco.
O assunto veio ontem à baila na Assembleia da República, quando Francisco Louça interrogou Pedro Passos Coelho em mais um debate quinzenal com o primeiro ministro. Louça considera que há incompatibilidade entre os cargos exercidos por Faria de Oliveira, já Passos Coelho não vê qualquer incompatibilidade. Para mim é mais que óbvio que há incompatibilidade, nem que seja moral.
Então durante o dia Faria de Oliveira defenderá os interesses da Caixa Geral de Depósitos e do estado, enquanto que à noite irá defender os interesses da banca privada. Curiosamente vai optar pelo vencimento de presidente da APB, já que não pode acumular 2 vencimentos e no privado ganha-se melhor.
Só neste país é que acontecem coisas destas.
Foto do site da Sic Notícias.