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Os líderes dos 27 países da União Europeia reuniram-se ontem em Bruxelas para jantar. Em cima da mesa durante 6 horas estavam as questões controversas relacionadas com os eurobonds (títulos de dívida comum para baixar os custos de financiamento dos países mais frágeis), financiamento directo dos Governos pelo Banco Central Europeu ou alteração das formas de cálculo dos défices orçamentais para tornar a redução dos défices menos dolorosa.
As decisões sobre estes temas e sobre o pacto de crescimento, que é o cavalo de batalha de François Hollande, só surgirão no final de Junho, altura em que decorrerá a cimeira dos 27 países da UE. Para já foram divulgadas iniciativas claramente viradas para o crescimento económico - financiamento ao investimento e melhor acesso ao crédito por parte das PME e criação de emprego através de planos nacionais e dos fundos estruturais.
Finlândia e Holanda (países com rating triplo A) continuam ao lado de Berlim. A Espanha, que está a braços com uma situação difícil, continua ainda a alinhar com a Alemanha, considerando que a austeridade é o caminho para o saneamento das contas públicas e o fortalecimento da zona euro. Portugal começa lentamente a mudar de posição graças às posições tomadas por António José Seguro nos últimos dias.
A Aústria, também com rating triplo A, e com um chanceler social-democrata veio ontem mudar de posição e apoiar a posição francesa.
Entretanto, continuam a intensificar-se as especulações sobre uma eventual saída da Grécia do euro e suas consequências. Mas os dirigentes da União Europeia continuam a afirmar que a Grécia deve permanecer na zona euro, tendo que respeitar os seus compromissos.
Há 1 ano aqui na Espuma dos Dias.