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Ontem e hoje os médicos estão em greve. Ontem muitos deles estiveram às portas do ministério da saúde a manifestar-se, todos de bata branca. Desde 1988 que não se via nada assim, altura em que na João Crisóstomo estava Leonor Beleza.
Muitos médicos empunhavam cartazes com frases de ordem: "Não ao encerramento de serviços de qualidade” e "Pela defesa da qualidade da profissão médica". Entre os manifestantes foi bonito de se ver muitos jovens estudantes de medicina e também médicos internos que resolveram marcar presença e mostrar a sua preocupação com o futuro que os espera. As frases de protesto mais ouvidas foram “Precariedade não, qualidade sim” ou "Os médicos unidos jamais serão vencidos".
Os médicos lutam pelas suas carreiras, estabilidade e dignidade profissional, contra a precariedade e os negócios do trabalho temporário na contratação de profissionais precários, que sem estabilidade não asseguram continuidade, impossibilitando os indispensáveis laços de conhecimento e confiança com os doentes. Condição essencial para uma prestação de cuidados de saúde com qualidade às populações.
Segundo Mário Jorge Neves, da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), a adesão à greve foi ontem superior a 95%, com vários serviços encerrados por todo o país. Hoje espera-se mais 1 dia com enorme adesão.
Foto da capa do JN de hoje.
Há 1 ano aqui na Espuma dos Dias.