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Este ano o Comité Nobel norueguês atribuiu o Nobel da Paz à União Europeia. A atribuição deste prémio foi justificada pelo reconhecimento do trabalho de longa data da União Europeia a favor da união do continente, tendo sido lembrado o trabalho feito pela União Europeia na reconstrução do continente europeu após a II Guerra Mundial e no estender da estabilização aos países da Europa de Leste após a queda do Muro de Berlim.
Ou seja, a Comité Nobel não atribuiu o prémio pelos que se tem feito nos últimos tempos mas sim pelo passado. Sendo assim, trata-se de um "prémio pela carreira", com disse Ricardo Araújo Pereira ontem no Governo Sombra.
Infelizmente já não há grandes líderes à frente da União como Jacque Delors, que ontem afirmou que este prémio "é uma mensagem moral e política"- "Moral na medida em que saúda os países que, renunciando à sua atitude do passado, fizeram a paz entre eles. E mensagem política num momento em que há muitas críticas, muitas estatísticas, muitos prognósticos favoráveis à Europa". A atribuição do prémio foi logo comentada por Durão Barroso que nada tem feito de bom pela Europa, veio logo dar uma conferência de imprensa, congratulando-se pelo prémio.
Na Noruega, país muito eurocéptico, a atribuição deste prémio gerou logo controvérsia, tendo 3 dos 6 líderes de partidos com assento no Parlamento criticam a decisão do Comité Nobel. Por exemplo, o presidente do Parlamento norueguês disse que é "incompreensível" dar o prémio a uma organização geradora de crise e desemprego em massa.
Há 1 ano aqui na Espuma dos Dias.