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Está a realizar-se em Santa Maria da Feira o XIX Congresso do PS. No 1º dia António José Seguro trouxe um convidado especial - o secretário-geral do PSOE, Alfredo Rubalcaba.
Os espanhóis em Novembro de 2011 não quiseram que ele fosse o primeiro ministro espanhol, preferindo ser governados pela direita, tal como tinha acontecido por cá. Agora têm uma taxa de desemprego acima dos 27% (6 202 700) e entre os jovens com menos de 25 anos atingiu 57%.
No discurso de Rubalcaba houve referência a estes números. Ficam aqui alguns excertos do seu discurso:
- "A direita portuguesa e a direita espanhola são como duas gotas de água: iguais. Sofremos juntos uma direita, a portuguesa e a espanhola, que está a aproveitar a crise em que vivem os nossos países para ajustar contas com o Estado social, com o Estado do bem-estar, que nunca quiseram, no qual nunca confiaram, que nunca ajudaram a construir";
- "Cortam porque gostam de cortar, porque a sua política foi sempre cortar";
- "O pior desta política: é que sofrem os trabalhadores para nada. É uma austeridade que não nos está a ajudar a sair da crise";
- "Desde aqui quero dizer à ‘troika’ que sim, que Portugal tem direito a renegociar os seus contratos, as condições dos empréstimos. Tem direito porque demonstrou durante estes anos um esforço e um valor que merecem a confiança de toda a Europa";
- Não pedimos que nos dêem aquilo a que não temos direito, pedimos que nos dêem tempo e condições razoáveis. Pedimos tempo e respeito".
No final do discurso houve uma ovação de pé por parte delegados ao Congresso do PS e um grande abraço de Tozé Seguro. Foi um excelente discurso.
Mais uma vez refiro que é fundamental que os governos do Sul da Europa se unam - uma "primavera mediterrânica" é fudamental.
Foto do site do Público.
Há 1 ano aqui na Espuma dos Dias.