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Enquanto se dirigia com a mulher para o almoço em Peso da Régua, no sábado, António Costa foi seguido por vários professores com cartazes com a sua caricatura. António Costa considerou os cartazes racistas.
Ontem os dirigentes sindicais vieram desmarcar-se dos cartazes.
O autor da caricatura dos cartazes é o professor Pedro Brito, de Évora, que diz que os cartazes não têm qualquer teor racista. Eu considero-os de muito mau gosto e já os tinha visto em várias fotos de manifestações.
Com estas atitudes os professorws em luta perdem apoio da população.
Ontem em Coimbra, 9 organizações sindicais de professores decidiram avançar com mais greves. Mário Nogueira anunciou que vão avançar com "greves aos exames nacionais e às avaliações finais".
Apesar deste anúncio, Mário Nogueira disse que "até à véspera do início de qualquer uma das greves, sejam exames ou avaliações", as organizações sindicais estão "absolutamente disponíveis para se sentarem à mesa das negociações e comprometermo-nos todos com a resolução de problemas"
Não é de esperar que o Ministério queira agora aceitar as reenvindicações dos sindicatos. Para já, anunciou que vai pedir serviços mínimos para greves de professores aos exames.
Há uns anos houve greve aos exames e foram decretados serviços mínimos. Em relação à greve às avaliações, vai haver complicações.
Os meus alunos começaram ontem a realizar as provas de afeição. Todos estavam um pouco nervosos com a novidade das provas em formato digital.
Os alunos já tinham a aplicação instalada no ambiente de trabalho mas depois não sabiam como entrar. Afinal a palavra passe que lhes tinha fornecido na 2ª feira não era a que seria utilizada.
À hora marcada todos começaram a realizar a prova. Minutos depois alguns portáteis começaram a bloquear. Depois de alguma espera a solução foi desligar o portátil e voltar a entrar na aplicação. Os alunos voltavam à perguntam que estavam a fazer e não se perdeu o que ja tinham feito.
Na minha sala só uma aluna não conseguiu acabar a prova toda nos 90 minutos.
Marcelo Rebelo de Sousa promulgou o diploma dos concursos de professores. Disse que promulgou para não "adiar as expectativas de cerca de oito mil professores". Apela ainda "que o diálogo com os professores prossiga, nomeadamente quanto ao futuro dos professores agora vinculados por um ano, assim como quanto à recuperação faseada do tempo docente prestado e ainda não reconhecido". Espera também que o próximo ano letivo não seja "mais um ano acidentado".
Mário Nogueira diz que que os professores estão "muito apreensivos" com o novo modelo de colocação nas escolas.
O ministro diz que este diploma quer cumprir o "desígnio de combater a precariedade na profissão", tal como "inscrito no programa" do governo.
Ontem cerca de 150 mil professores, alguns com familiares, voltaram a descer a Avenida da Liberdade até ao Terreiro do Paço. A Luta vai continuar. Quem irá ganhar a batalha?
No final, Mário Nogueira falou no Terreiro do Paço - pediu que "Nos dias 15 e 17, dias em que vamos ter as reuniões negociais no Ministério, que todas as escolas do país tenham momentos de paragem e de permanência à porta". Se os professores não chegarem acordo com o Governo, Mário Nogueira anunciou que "no dia 2 todos os distritos do país de Coimbra para norte façam greve a todo o serviço e todo o dia, com uma grande manifestação de professores na cidade do Porto, e que no dia 3 todos os professores do distrito de Leiria para sul façam greve e tenhamos uma nova manifestação nacional enorme aqui na cidade de Lisboa".
Há 1 ano aqui na Espuma dos Dias
Na 2ª feira o governo anunciou novas regras nos exames nacionais. Falava-se que os ministérios da educacao e da ciência tinham ideias diferentes.quanto aos exames e que poderiam acabar.
No próximo ano lectivo, os estudantes passam só a realizar 3 exames mas o de português é obrigatório e o peso dos exames passa a ser de 25%. Outra novidade é que as disciplinas trienais vão ter maior ponderação que as bienais ou anuais. Para acesso ao ensino superior, os exames terão um peso mínimo de 45% no acesso ao ensino superior.
O ministro da educação diz que exames com menos peso nas notas “valorizam o trabalho dos professores”.
Há 1 ano aqui na Espuma dos Dias
O Conselho Nacional de Educação no relatório anual sobre o estado do sector chama a atenção para os problemas que se têm vindo a agravar como o envelhecimento da classe docente e a falta de interesse por parte dos jovens para seguir cursos na área da educação.
Segundo o relatório, em 2021, formaram-se apenas 3 professores para ensinar Física e Química.
Meu Deus! Em 2005, voltei à Faculdade para tirar as cadeiras pedagógicas, pois quem não era profissionalizado não poderia concorrer. Éramos mais de 20 nas aulas. Nesse ano acabei por deixar a faculdade pois fui chamado a fazer a profissionalização em serviço.
No ano seguinte só conseguiu ter horário completo em Abril, em 2 escolas. Como tudo é diferente agora.
Foto daqui.
Há 1 ano aqui na Espuma dos Dias
Não houve acordo entre Ministério da Educação e sindicatos nas negociações que decorreram ontem na 24 de Julho. Milhares de professores estiveram as portas do ministério durante as negociações.
O ministro pediu o fim das greves mas tal não vai acontecer.
João Costa disse que o Governo está a fazer aproximações aos sindicatos. Segundo o ministro, o Governo tem "mais de dez pontos entre aproximações e propostas que respondem àquilo que são reivindicações antigas dos professores e dos sindicatos".
O problema maior parece ser a recuperação de tempo de serviço. Para o governo a prioridade é só a precariedade dos professores contratados. O ministro fala em 100 milhões de euros por ano com as medidas que propõem.
Há 1 ano aqui na Espuma dos Dias
Hoje milhares de professores manifestaram-se no Marquês de Pombal por uma Escola Pública de qualidade.
Foto do WhatsApp.
A luta do sector da educação contínua. Agora a Fenprof está mais presente. Ontem montaram um acampamento à porta do Ministério da Educação.
O ministro tem estado muito calado. Ontem falou António Costa, que veio dizer que as autarquias não vão contratar professores.
Para os dias 18 e 20 foram marcadas novas rondas negociais. O regime de concursos será o tema mais importante das negociações.
O STOP marcou uma nova marcha para dia 14 no Marquês de Pombal. A Fenprof só fará uma manifestação no dia 11 de Fevereiro mas a partir de dia 16 haverá greves por distritos.
Em várias escolas tem havido protestos e greves.