A espuma dos dias

Javier Milei deve vencer, com o país a ficar dividido ao meio. As declarações já indicam que está preocupado de ter 59,76% dos votos da primeira volta (entre os seus e dos apoiantes) mas, as sondagens lhe darem 51,25%. 
Massa vai ganhar, por larguíssima margem (em Buenos Aires pode passar dos 65%), o maior problema é que só vai vencer mesmo no distrito federal, pois perderá nos outros 22 estados. A ameaça da abstenção ajuda Milei, pois a capital é onde a normalidade é chegar aos 50% de abstenção, quando nos distritos próximos do Brasil, nem chega aos 10% (apesar de existirem muitas suspeitas de falsificação de votos e de pessoas a votar milhares de vezes, usando cartões de pessoas que não residem lá, algo que já acontece há décadas). 
Caso Sergio Massa vença, o país ficará com graves problemas, pois 100% dos líderes de funções públicas, possuem ligação a Bullrich. A mudança da liderança irá ser muito mal aceite, pois vão acabar com os, famosos, "prémios de 10000 salários", algo que Massa já disse que acaba quando chegar ao governo. Muitos dos apoiantes da candidata são os mais ricos do país, a trabalhar nesses institutos e na banca privada. 
Na madrugada de segunda-feira, em Portugal, a Argentina será um novo barril de pólvora. Ainda nem conseguiu negociar, com o FMI, um novo haircut de 150000 milhões de dólares, à dívida de 9360% do seu PIB, além de não conseguir acordos com os EUA e a Europa, para reduzir as taxas alfandegárias, permitindo exportar muito mais do que exporta. Um problema que apareceu em 2015 e atirou o "el dorado Argentino" para o fundo do Atlântico sul e de onde não conseguem sair. 
Deviam servir de exemplo, porque a direita portuguesa (PSD-CDS-IL) defendem um sistema igual, em que 99.9999% das receitas são de exportações... quando o cliente se constipa morrem milhares de trabalhadores, à fome.