De Manuel da Rocha a 05.12.2024 às 12:20
Já era de esperar. O Barnier quis usar a mesma coisa, que Luís Montenegro, queria usar, cá, para o IRS (redução de 100%, até aos 35 e aumento de 30% no resto) e IRC (15% com 78000 milhões de euros, em "potenciais deduções"). Evitando a análise parlamentar. No caso francês, mal Barnier fez passar essa medida, o parlamento uniu-se (o governo era suportado por 7% dos votos).
Desde 2009 que a França tem passado pelos pingos da chuva. Grécia, Itália e França, são os países que, mais vezes, violam os tratados monetários europeus. A própria Alemanha (se bem que são ao contrário, violam por terem mais receita do que deviam) já encalhou e está a pressionar para os juros descerem para 1%.
Macron terá um osso muito complicado de roer. Com as sondagens a dar 49% a Marine Le Pen, a direita está a pressionar para a demissão do presidente (única forma de convocar legislativas, para Abril, 2025) e avançarem com ciclo eleitoral novo. Macron está sem ideias e sem apoios, pois os "amigos", da esquerda, também lhe viraram as costas, por causa desta tentativa de falsear o orçamento de estado.
Esperar que a AD aprenda a lição, pois gastaram 672000 euros, em 2 pareceres, para validarem as autorizações parlamentares, para poderem aprovar 90000 milhões de euros, em medidas, sem serem votadas na Assembleia e que o governo só precisaria de apresentar resultados, em 2028. Leitão Amado anda perdido na campanha de marketing. Depois de anunciar "1183 alunos estão sem professor, numa redução de 89,76%, em relação a 2023, isto é um grandioso resultado das nossas medidas, para a educação e, nenhum aluno, estará sem professores, em 2025." Até que, afinal o ministro não viu o total (23830 alunos), que é, ligeiramente, superior a 2023 (22117). Solução: governo apagou 9227860 "twittes" e 6256870 publicações nos sites do governo. Curioso é que, desde essa falha, as redes sociais, governamentais, estão a fazer posts em 0,000001% diários, em relação ás médias dos 6 meses anteriores. Vários dias nem aos 20 posts/partilhas chegam, quando o normal andava pelos 300000, diários.