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Marcelo Rebelo de Sousa vetou, na 4ª feira, o decreto que estabelece e regula o direito à autodeterminação da identidade e expressão de género, permite a mudança da menção do sexo, no registo civil, a partir dos 16 anos, e consequente alteração do nome próprio, sem necessidade de relatório médico, e o direito à proteção das características sexuais de cada cidadão. Esta foi a 9ª vez em 2 anos que Marcelo veta uma lei
Há algumas semanas um grupo de 25 pais de transgéneros enviaram uma carta ao Presidente da República a pedir-lhe que promulgue o diploma pois é "uma lei que permite aos nossos filhos construir um futuro com dignidade, garantindo-lhos o direito à sua privacidade e autonomia, ao invés de viverem condicionados não só pelo preconceito, mas também por pareceres da classe médica".
Já a Associação dos Médicos Católicos Portugueses tinha apelado ao presidente que vetasse a lei uma vez que a dispensa de um parecer médico reveste-se de "uma enorme gravidade em termos de saúde pública".
O decreto tinha sido aprovado pela Assembleia da República, a 13 de Abril, com votos favoráveis do Partido Socialista, Bloco de Esquerda, Verdes, PAN e por Teresa Leal Coelho do PSD. O Partido Comunista absteve-se. enquanto que PSD e CDS-PP votaram contra.
Agora o decreto lei volta ao Parlamento para ser reformulado.