A espuma dos dias

Amanhã o PP só precisa de ter mais 1 voto a favor que os contra. 
Dos 178, que votaram contra, 159 vão voltar a votar contra. E surgem os 7, da Catalunha, que devem votar contra. E surge a possibilidade do Feijoo conseguir convencer 4 partidos regionalistas (desconto os da Andaluzia, que tinham acordado apoiar o PP, no governo regional e levaram facadas, nas costas, quando o PP se juntou ao VOX e lhes deu 14 cargos no governo regional, renegando os anterior acordos). Esses possuem 8 deputados, o que se conseguirem a abstenção de 7 deles, permite que o PP seja empossado e ganhe 5 meses, até apresentar o orçamento de estado, para negociar com outros grupos parlamentares. Vai ser é complicado, pois o PP linchou a maioria desses pequenos partidos, nalguns casos com acusações judiciais, nos autonómicos, que já é do conhecimento geral que o PP está sempre pronto a esfaquear os amigos, se lhes aparecer alguém com mais poder para os apoiar. 
Basicamente é o que se passou nos Açores (em que o PSD assinou acordos com o IL, Chega e 32 pequenos partidos, 3 meses antes das eleições) e que dá jeito passar as campanhas a reclamar votos para si, sem que os eleitores saibam que os líderes andam a jantar "com o inimigo". Na Madeira o Ventura usou o mesmo método e o Albuquerque desviou-se do Chega, se bem que o mais normal é 2 dos deputados, eleitos pelo Chega, se desvincularem, passando a apoiar a coligação PSD-CDS-PNR, podendo rasgar o acordo com o PAN, mostrando que quem votou nestes, foi enganado pela deputada eleita. 
No continente, PSD-IL-CDS-Chega já andam a negociar cargos, acesso a informações, concursos públicos e ministérios, para as eleições de 2025. Até o Chega já criou mais 82934340 movimentos cívicos para usar 14 milhões de euros, em publicidade online, para André Ventura partir na frente das candidaturas.