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Saíram as notas dos exames do ensino secundário. A média desceu em relação ao ano passado mas em Matemática e Físico Química A não.
Em Físico Química A, com 32 853 alunos que foram ao exame, a média em relação ao ano passado passou de 9,8 para 11,7 valores, o maior aumento entre todas as disciplinas. A Associação Portuguesa de Professores de Física e de Química considerou que a "prova é extensa, sendo muito difícil de resolver com sucesso no tempo regulamentar, o que poderá ter impedido muitos alunos de a terminarem ou de fazerem a sua desejável revisão" e "O nível de complexidade cognitiva da prova é adequado. Existem itens de complexidade elevada assim como itens muito acessíveis".
Em Matemática A, com 34 367 provas realizadas, a média também subiu em relação ao ano passado, de 10,6 para 11,9 valores.
Já em Biologia e Geologia, prova em que estive a vigiar alunos, e a que mais alunos realizaram (39 138), a média desceu de 12 para 10,8 valores.
A Português, com 35 159 exames realizados, a média também desceu - de 12 para 10,9 valores.
Este ano vão voltar os exames do 9º ano. No entanto, servirão apenas para aferição dos conteúdos leccionados.
O governo quer saber os impactos da pandemia no ensino. Os resultados não devem ser nada bons.
Os alunos que andam este ano no 9º ano fizeram todo o 3º ciclo em pandemia. Mesmo assim este deverá ser o ano lectivo que tiver mais tempo na escola.
Aqui pode-se consultar os últimos exames realizados no 9º ano.
Eu este ano estou com alunos do 7º ano, que fizeram o 2º ciclo em pandemia, e verifico que há muitas lacunas que dificilmente vão ser colmatadas.
No ensino secundário, os estudantes só terão de fazer exames às disciplinas específicas para acesso ao ensino superior.
Já são conhecidos os resultados das candidaturas ao ensino superior. Este ano entraram 49452 estudantes. Os candidatos eram 64 mil. Sobraram 6393 vagas para a 2ª fase. O número de colocados é o 2º mais elevado em 3 décadas.
O curso com média mais alta voltou a ser o Engenharia Aeroespacial, no Técnico - 19,05 valores. No curso de Medicina no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, o último aluno entrou com 19,03 valores.
No meu curso (Química Tecnológica da Faculdade de Ciências de Lisboa), o último a entrar tinha 14,03 valores. Já em Química a média foi de 15,30 valores. No meu tempo só no 3º ano é que escolhia a variante que queríamos.
Saíram as colocações para o ensino suerior. Como era de esperar, as médias de acesso ao ensino superior subiram. O motivo foram os exames, que este ano eram mais acessíveis.
Também nunca tantos alunos entraram no ensino superior. Este ano são 51 mil, mais 11500 que o ano passado.
Em relação às médias, 4 cursos tiveram notas de ingresso acima dos 19 valores - Engenharia aeroespacial, Engenharia Física e Tecnológica, ambos no Técnico, Engenharia e Gestão Industrial e Bioengenharia, da Universidade do Porto. Os cursos de Medicina já não são os que têm médias mais altas.
No meu curso, Química Tecnológica, que agora está separado da Química, o último a entrar tinha 12,7 valores.
Ontem ficámos a conhecer as escolas que estão melhor classificadas nos Rankings, tendo em conta as notas dos exames, divulgados pelos orgão de comunicação social.
Segundo o Expresso, a melhor escola do ensino secundário é o Colégio Nossa Senhora do Rosário, no Porto, seguindo-se o Colégio D. Diogo de Sousa, em Braga, e os Salesianos de Lisboa. A melhor escola secundária pública é a Escola Secundária Infanta D. Maria, em Coimbra, apenas no 34º lugar. Relativamente ao ensino básico, a melhor escola é o Externato Escravas Sagrado Coração de Jesus, no Porto, seguindo-se o Colégio dos Plátanos, em Sintra, e o Colégio Rainha Santa Isabel, em Coimbra. A melhor escola básica pública é a Escola Artística de Música do Conservatório Nacional, em Lisboa, no 15º lugar.
A minha escola vem, no ensino básico, no lugar 1128, o pior do concelho, e no ensino secundário, no lugar 491, o penúltimo do concelho. Certamente que se tivesse outra localização, os resultados seriam bastante diferentes.
Foto daqui.
Saiu o Ranking das escolas. Como é hábito os primeiros lugares são dos colégios. A 1ª escola pública surge só no 33º lugar - Escola Básica e Secundária Clara de Resende, no Porto. Em 1º lugar está a Academia de Música de Santa Cecília, em Lisboa.
A minha escola, ano nível do secundário, surge só no 463º lugar e a escola onde fui aluno está no 173º lugar. A escola onde dei aulas o ano passado surge no 573º lugar.
Tudo depende do tipo de alunos que frequentam as escolas e não dos profissionais que lá dão aulas. Certamente que se os pais quiserem que os seus filhos tenham melhores notas, não é mudando-os de escola que vão conseguir.
Foto do site do DN.
Há 1 ano aqui na Espuma dos Dias.
Ontem vários órgãos de comunicação social divulgaram, com base nas notas obtidas o ano lectivo passado pelos alunos nas provas finais dos 2º e 3º ciclos, bem como dos exames nacionais do 11º e 12º anos.
Tendo em conta os resultados publicados pela TSF, a escola onde estou a dar aulas este ano ficou no lugar 822 das escolas com 2º e 3º ciclo, 7º lugar no concelho com 10 escolas na lista. Tendo em conta o meio social onde se situa a escola, o resultado não me espanta - santos da casa não fazem milagres.
Já nas escolas onde dei aulas o ano passado, relativamente ao 2º e 3º ciclo, a sede de agrupamento ficou no lugar 191, (3º lugar no concelho) e a outra em 1031º lugar (13º e último lugar do concelho). Mais uma vez o meio social explica tudo mas neste caso a existência de agrupamentos também tem influência.
O 1º lugar nas escolas do 2º e 3º ciclo foi para o Colégio D. Diogo de Sousa, em Braga, estabelecimento de ensino particular, a 1ª escola pública aparece em 18º lugar (Escola Secundária Infanta D. Maria em Coimbra). A última escola (1111º lugar) é a Escola Básica Integrada Água de Pau em Lagoa, Ilha de São Miguel, Açores.
Quanto aos resultados do ensino secundário, o 1º lugar foi para o Colégio Nossa Senhora do Rosário no Porto, a 1ª escola pública aparece só em 28º lugar (Escola Secundária de Raúl Proença, nas Caldas da Rainha) e em último lugar (598º lugar) ficou a Escola Básica e Secundária Padre José Agostinho Rodrigues, Em Alter do Chão, Portalegre. A escola sede de agrupamento onde dei aulas o ano passado ficou em 191º lugar.
Os resultados no privado são sempre melhores do que no público, em média, mas eu que sempre dei aulas no ensino público e já tive alunos que obtiveram excelentes resultados nas provas e exames nacionais.
Foto daqui.
Há 6 anos aqui na Espuma dos Dias.
Ontem não foi o dia de conhecer o local de trabalho neste novo ano lectivo que está a começar. O atraso na publicação das listas de colocação dos professores, mesmo dos quadros, está a prejudicar o arranque com normalidade do novo ano lectivo.
Deste modo, ontem fui me apresentar na escola onde estive a dar aulas no ano passado.
Como eu muitos estavam em circunstâncias idênticas. Os professores são precisos na escola e o ministério não os coloca. As escolas tinham que validar as candidaturas até 6ª feira às 23h59 pelo que não percebo a continuação da espera.
Vamos lá ver quando sairão os resultados dos concursos.
Por causa de tudo isto, milhares de professores contratados, ontem, tiveram de se deslocar para solicitar o subsídio de desemprego.
O ministério diz que a lista de colocação de professores será conhecida antes do início das aulas, marcado para 11 a 15 de Setembro, nos primeiros dias de Setembro.
Há 6 anos aqui na Espuma dos Dias.
Chega ao fim o ano lectivo. Agora seguem-se os exames. Eu ainda vou continuar a dar aulas a uma turma de um curso profissional.
Já na 2ª feira é dia de exame de Português, marcado pela greve dos professores. O ministro Nuno Crato convocou todos os professores para fazer a vigilância na 2ª feira. Tenho muitas dúvidas que em muitas escolas haja exames na 2ª feira. Para lá dos professores vigilantes, há ainda os coadjuvantes e a equipa do secretariado de exames que assegura a sua realização, que também poderão fazer greve.
Nos últimos dias estavam marcadas as reuniões de avaliação para os anos em que se realizam exames e foram poucas as que se realizaram. Os alunos vão poder ir a exame mas não sabem com que nota vão realizar esses exames.
O sistema de ensino está em brasa nos últimas semanas. Amanhã é dia de manifestação em Lisboa, que deve ter grande mobilização. Para já 8 sindicatos de professores ligados à Fenprof marcam novo período de greves às avaliações entre 24 e 28 de Junho.
Há 1 ano aqui na Espuma dos Dias.