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Está a ser complicada a ratificação pelo Parlamento Europeu do nome da espanhola Teresa Ribera, para a pasta da Energia e da Ação Climática. O PP espanhol está a fazer pressão para que ela não seja nomeada.
O PP europeu critica a gestão de Ribera como ministra da Transição Ecológica durante as inundações em Valença.
Agora os os socialistas europeus têm mostrado reticências à nomeação de Raffaele Fitto, indicado por Giorgia Meloni, para a Comissão Europeia, com a pasta da Coesão e Reforma, argumentando que é inconcebível premiar a extrema-direita com uma vice-presidência na Comissão Europeia.
Úrsula von der Leyen queria que o novo Executivo comunitário fosse rectificado até dia 1 de dezembro, o que está a ser complicado.
Ontem na Plaza del Ayuntano de Valencia mais de 130 mil valencianos protestaram contra o presidente da Generalitat Carlos Mazón por causa do atraso na resposta às cheias do passado dia 29.
Carlos Mazón, tem 50 anos e é natural de Alicante, sendo presidente da Generalitat desde Julho de 2023, eleito pelo Partido Popular
Ficou a saber-se que só às 20h10 de dia 29 chegou aos valencianos uma SMS de alerta de cheias mas nesse momento já havia localidades e estradas alagadas com milhares de carros presos nas águas. Quanto a Carlos Mazón, naquele dia, esteve num "almoço privado de trabalho" de várias horas e só às 19h chegou à reunião do gabinete coordenador de emergências que estava convocado para as 17h. A ministra da Transição Ecológica Teresa Ribera tentou contactar Mazón nesse dia várias vezes mas sem êxito, só conseguindo falar com ele ao final da tarde.
Os manifestantes lançaram foguetes e lama contra a porta da Câmara Municipal, pedindo a demissão de Mazón.
No domingo não correu bem a ida dos reis de Espanha, de Pedro Sánchez e de Carlos Mazón, presidente da Comunidade valenciana, a Paiporta, a sul de Valência, uma das localidades mais afectadas pela DANA. Foram recebidos com insultos e atacados com lama. Nunca se tinha visto uma cena destas.
Pedro Sánchez chegou a ser agredido com um pau e abandonou o local. O Rei, cheio de lama, ficou a ouvir a população revoltada. Fez muito bem e subiu na minha consideração. A rainha, que não estava junto do marido, também levou com lama e apesar de muito incomodada ficou no local. Parace que a extrema direita estava no local e foi responsável pelas cenas mais violentas.
A população está muito revoltada pois a ajuda está a demorar muito. O que dá para perceber é que os meios de socorro não estavam preparados para esta catástrofe mas estão a fazer tudo o que é possivel para resolver os problemas.
Continuam as limpeza das ruas em Valência após a DANA de 3ª feira. Já são 210 os mortos mas há milhares de desaparecidos.
Ontem na Cidade das Artes de Valência, milhares de voluntários juntaram-se para para ir ajudar nas limpezas.
Carlos Mazón, o Presidente da Generalidade Valenciana, não está a conseguir lidar com a catástrofe. Pedro Sánchez enviou para Valência 10000 militares e polícias.
Hoje o Rei vai a Valência.
A Espanha está de luto. Na 3ª feira ao princípio da noite, um temporal devastador atingiu a costa mediterrânea. Morreram pelo menos 95 pessoas. A província de Valencia foi a mais afectada mas também há vitimas na região de Castilla-La Mancha.
Chegaram a registar-se 491 litros por m².
O fenómeno meteorológico que provocou toda esta devastação é uma depressão chamada DANA (depressão isolada em níveis altos), também designada por gota fria. Trata-se de uma depressão isolada em níveis altos da atmosfera, que resulta da colisão de uma massa de ar frio em altitude com o ar quente junto ao solo, gerando instabilidade e dando origem a aguaceiros e tempestades.
Ontem ao final da tarde no Teatro Campoamor, em Oviedo, decorreu a Cerimónia de entrega dos Prémios Princesa das Astúrias de 2024.
Os galardoados foram: o músico catalão Joan Manuel Serrat, a escritora, realizadora, ilustradora e activista franco-iraniana Marjane Satrapi, a jogadora de badminton Carolina Marín, e escritora romena Ana Blandiana, o canadiano Michael Ignatieff, a Magnun Photos, a Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação e os cientistas Daniel J. Drucker, Jeffrey M. Friedman, Joel F. Habener, Jens Juul Holst e Svetlana Mojsov, pelo desenvolvimento e descoberta de uma molécula, que tem sido fundamental no tratamento da obesidade e diabetes.
A Princesa Leonor, no seu discurso, destacou a importância da esperança e da coragem, especialmente nestes "tempos desafiadores". Quando se referiu a Joan Manuel Serrat, citou um dos versos da canção "Els veremadors" ("Os vindimadores"): "Pels voltants de setembre,/abans que arribi el fred,/compren el seu bitllet/per al tren de l'esperança. (Por volta de setembro,/antes que chegue o frio,/compram seu bilhete/para o trem da esperança".
O discurso de Joan Manuel Serrat terminou com a canção "Aquellas pequeñas cosas", acompanhada a violino.
Marjane Satrapi no seu discurso destacou a capacidade do ser humano de cometer atos de extrema crueldade, como a tortura, ao mesmo tempo em que é capaz de atos de grande compaixão e altruísmo, considerou que aqueles que são indiferentes ao sofrimento alheio não merecem ser chamados de humanos, no entanto referiu que tem esperança na capacidade do ser humano de superar a violência e construir um futuro mais justo e equitativo, acreditando que a educação é fundamental para combater a violência e a intolerância, e para promover a compreensão mútua entre as pessoas.
O até agora porta-voz do Sumar no Congreso de Espanha, Íñigo Errejón, com 40 anos, anunciou que renunciou ao cargo de deputado e abandona a vida politica. Estava a ter cada vez mais protagonismo e podia vir a ser o futuro líder do Sumar.
No Twitter escreveu que esta "década desgastou a minha saúde física, a minha saúde mental e minha estrutura afetiva e emocional". O que se fala é que decisão foi tomada após acusações anónimas de violência machista.
Yolanda Diaz, a líder do Sumar, comentou a demissão de Íñigo Errejón, destacando a importância de apoiar e acompanhar todas as mulheres que denunciam maus-tratos ou assédio.