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Excerto do livro "La aldea perdida", de Armando Palacio Valdés, numa parede em vidro do hotel onde fiquei em Laviana, que já tenho em formato digital para ler em espanhol.
Aula de 3ª feira preparada.
Ontem ficou a saber-se o vencedor da 25ª edição do Prémio Camões. O anúncio do vencedor foi feito no Rio de Janeiro, onde o júri se reuniu.
O Prémio Camões foi criado em 1988 por Portugal e pelo Brasil para distinguir um autor de língua portuguesa que, "pelo valor intrínseco da sua obra, tenha contribuído para o enriquecimento do património literário e cultural da língua comum". Mia Couto é um desses casos pelo que o prémio foi bastante merecido.
O ano passado o prémio foi atribuído ao escritor brasileiro Dalton Trevisan e em 2011 ao escritor português Manuel António Pina. Outros grandes escritos lusófonos já foram distinguidos: António Lobo Antunes (2007), Sophia de Mello Breyner Andresen (1999), Pepetela (1997), José Saramago (1995), Jorge Amado (1994) e Miguel Torga (1988)
Na altura da Feira do Livro em Lisboa é uma boa ideia ir lá para comprar um livro de Mia Couto. O ano passado publicou o romance "A Confissão da Leoa" e em 2009 "Jesusalém".
Mia Couto nasceu na Beira, Moçambique, em 1955, foi jornalista, é professor, biólogo e escritor.
A Palomina lançou-me um desafio diferente. Trata-se de numa campanha de incentivo à leitura. Não sou um grande leitor mas no Verão, normalmente, leio 2 ou 3 livros.
As regras do desafio são as seguintes:
E os 10 blogs nomeados para este desafio são:
Agora o livro que escolhi - "A espuma dos dias", de Boris Vian. Trata-se do livro que se tornou muito famoso pois o seu título tornou-se uma expressão muito usada e que acabou por dar nome ao meu Blog. Fica aqui um excerto do prólogo:
Há 1 ano aqui na Espuma dos Dias.
O comité Nobel gosta mesmo de alguns chineses. Depois de ter atribuído o Nobel da Paz a Liu Xiaobo em 2009, ontem atribuiu o Nobel da Literatua a Mo Yan, como é conhecido, de 57 anos. O seu pseudónimo significa "não fales" e é descrito como "um dos mais famosos, banidos e largamente pirateados escritores chineses". No entanto, a notícia foi recebida com grande entusiasmo na China.
O seu 1º romance surgiu em 1981 - "Falling Rain on a Spring Night". Em Portugal só foi publicado "Peito grande, ancas largas", de 1996. Nesta obra que foi proibida na China, revisita-se o século XX no país.
Uma obra dele já foi adaptada para cinema e ganhou o o Urso de Ouro do Festival de Berlim em 1988 - "Sorgo Vermelho" do realizador Zhang Yimou.
A sua obra mais recente é "Frog", que fala da prática de abortos forçados na China devido à política de controle da natalidade imposta há três décadas, "um casal, um filho".
Gostava de ler as obras dele.
Há 1 ano aqui na Espuma dos Dias.
Estão aí os exames nacionais. Este ano a novidade são os exames a Língua Portuguesa e Matemática no 6º ano. Ontem fui fazer vigilância do exame de Língua Portuguesa do 6º ano. O texto que saiu foi um excerto de "A maior flor do mundo" de José Saramago. Também ele escreveu para crianças.
O texto era muito bonito mas não sei se os alunos terão percebido a história. As questões no exame pelo menos pareceram-me muito fáceis.
Fica aqui 1 pequeno excerto de "A maior flor do mundo":
"Sai o menino pelos fundos do quintal, e, de árvore em árvore, como um pintassilgo, desce ao rio e depois por ele abaixo, naquela vagarosa brincadeira que o tempo alto, largo e profundo da infância a todos nós permitiu... ".
Encontrei na net um video galego de Juan Pablo Etcheverry, narrado pelo próprio Saramago, sobre esta história que deixo aqui em seguida.
Há 1 ano aqui na Espuma dos Dias.
Na 3ª feira fui ver o novo filme de David Fincher - "The Girl with the Dragon Tattoo", a 1ª parte da trilogia Millennium baseada na obra com o mesmo nome do escritor sueco Stieg Larsson (1954-2004), em que o título original é "Män som hatar kvinnor". Na 4ª feira a S. trouxe da biblioteca da terra onde trabalha o livro para ler. Tinha curiosidade em saber mais sobre as personagens Mikael Blomkvist e Lisbeth Salander e comecei a ler o livro com 539 páginas.
No filme, com Daniel Graig e Rooney Mara nos principais papéis, um jornalista condenado por difamação ao denunciar negócios corruptos no mundo dos negócios de Estocolmo é convidado por um velho empresário a investigar o desaparecimento de uma sobrinha, Harriet Vanger, nos anos sessenta. Para o ajudar nas investigações surge uma estranha jovem, Lisbeth Salander, com diversos problemas de integração na sociedade. Durante o filme, com mais de 2 horas, que passam rapidamente, vamos descobrindo vários segredos da família Vanger. Com o final do filme ficamos a perceber a razão do título do fime em português mas ficamos a meio da história dos 2 personagens principais, que não acabam juntos como seria de esperar.
Este filme também é um remake de um filme sueco que também tenho curiosidade em ver, do realizador Niels Arden Oplev de 2009, tendo também sido realizado por lá a 2ª e 3ª partes da saga.
E hoje a Espuma dos Dias faz 4 anos. Já lá vão 1415 posts.
No futuro continuarei a comentar a actualidade, a falar das minhas viagens, a desabafar quando sentir necessidade, a falar sobre ciência e a homenagear personalidades que se destacaram em diversos sectores da sociedade.
Hoje homenageio Boris Vian (1923-1959) que escreveu "L'Ecume des Jours" em 1946, grande clássico da literatura francesa, e titulo que deu origem ao nome deste blog e que se tornou numa expressão muito usada por aí.
José Rodrigues tem novo livro nas bancas. Chama-se "O Último Segredo" e a apresentação foi ontem na Sociedade de Geografia de Lisboa.
Nesta obra, de 564 páginas, procura-se “a verdadeira identidade de Jesus Cristo”, tendo José Rodrigues dos Santos feito uma investigação que o levou, por exemplo, até Jerusalém. Irá haver polémica com a Igreja?
Na sinopse do livro refere-se que "Uma paleógrafa é brutalmente assassinada na Biblioteca Vaticana quando consultava um dos mais antigos manuscritos da Bíblia, o Codex Vaticanus. A polícia italiana convoca o célebre historiador e criptanalista português, Tomás Noronha, e mostra-lhe uma estranha mensagem deixada pelo assassino ao lado do cadáver."
Com este livro José Rodrigues dos Santos quer tornar-se no Dan Brown da língua de Camões. Para quando o filme?
A TSF ontem à noite assinalou o centenário do nascimento de Manuel da Fonseca, revisitando as memórias do grande escritor neorealista (Santiago do Cacém, 15 de Outubro de 1911 - Lisboa, 11 de Março de 1993). Conheci a sua obra quando no 11º ano, em Português, demos a obra O Fogo e as Cinzas. Comecei nessa altura a ser fã dele, seguindo a partir daí a sua obra e as diversas entrevistas que foi dando na rádio e às vezes na televisão.
Hoje é inaugurada a exposição "Por Todas as Estradas do Mundo", no Museu Municipal de Santiago do Cacém, patente até 26 de maio do próximo ano, produzida pelo Museu do Neo-Realismo, situado em Vila Franca de Xira.
Ficam aqui as obras de Manuel da Fonseca: Rosa dos ventos, Planície, Poemas dispersos, Poemas completos, Obra poética, O Largo (Poesia), O Retrato, Aldeia Nova, O Fogo e as cinzas, Um anjo no trapézio, Tempo de solidão, Tempo de solidão (Contos), Cerromaior, Seara de vento (Romance), Crónicas algarvias, À lareira, nos fundos da casa onde o Retorta tem o café, O vagabundo na cidade, Pessoas na paisagem (Crónicas).
"Era o centro da Vila. Os viajantes apeavam-se da diligência e contavam novidades. Era através do Largo que o povo comunicava com o mundo. Também, à falta de notícias, era aí que se inventava alguma coisa que se parecesse com a verdade. O tempo passava, e essa qualquer coisa inventada vinha a ser a verdade. Nada a destruía: tinha vindo do Largo. Assim, o Largo era o centro do mundo."
in "O Fogo e as Cinzas"