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No dia 30 de outubro os Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar iniciaram uma greve às horas extraordinárias para pedir a revisão da carreira e melhores condições salariais. O salário dos TEPH no INEM é de 920 € no início da carreira.
Na 2ª feira o INEM deixou mais de mil chamadas por atender. Na última semana, pelo menos 7 pessoas terão morrido em consequência dos atrasos no atendimento do 112.
A greve só foi suspensa na 5ª feira, após um acordo para uma negociação com a ministra da saúde.
A ministra da saúde diz que foi surpreendida pela greve dos TEPH mas tinha sido avisada informada pelo sindicato vários dias antes. Luís Montenegro também veio dizer que não sabia da greve.
Pedro Nuno Santos pede a demissão da ministra.
No domingo Marques Mendes dizia no Jornal da Noite que o problema com as Urgências de Obstetrícia se devia à "falhas de organização e gestão".
Apresentou 3 números que são muito esclarecedores: segundo a OCDE, de a 2015 a 2024 passámos de 9 para 15 mil milhões de euros no financiamento do SNS, que por 100 mil habitantes estamos na média da União Europeia em relação a médicos obstetras e que em 2000 havia 1336 médicos obstetras e em 2022 o número era de 1966, com o número de nascimentos a passar de 120v mil para 84 mil.
Para mim a conclusão é simples o problema são os hospitais privados que estão a dar cabo do SNS. A quantidade de hospitais privados que há actualmente em Portugal tem aumentado brutalmente e claro que precisam de médicos, que vão buscar ao SNS. No entanto, se surgirem problemas mais complicados de resolver encaminham os doentes para o SNS.
Esta semana 5 serviços de urgência de Ginecologia e Obstetrícia estão fechados, a maior parte na região de Lisboa. Os hospitais privados têm certamente os seus serviços a funcionar.
Se fosse hoje, se calhar, Luís Montenegro escolheria outra pessoa para a pasta da Saúde. Ana Paula Martins é já a ministra que está mais desgastada.
O mapa das urgênicias para o Verão está dar muito que falar. Os constrangimentos são muitos. Na 1ª versão do mapa, nem havia nenhuma urgência de Ginecologia e Obstetrícia aberta no distrito de Setúbal até 5ª feira.
Os médicos queixam-se da desorganização.
As declarações infelizes no Parlamento sobre as administrações hospitalares já levaram a demissões.
Ontem andou a visitar hospitais na região da grande Lisboa.
O governo anunciou ontem o nome do novo CEO do SNS. Trata-se do Tenente-coronel António Gandra d’Almeida.
A Ministra da Saúde diz que se trata de "um jovem que dará uma resposta muito ligada ao terreno" e que "está muito habituado à organização e à operação no terreno em condições adversas"
Gandra d’Almeida é licenciado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa e até Janeiro foi director da Delegação Regional Norte do INEM. Desempenhou também "funções de chefia de equipa em serviço de Urgência e participou em vários eventos multi-vítimas e de catástrofe”, tendo participado em “missões internacionais de apoio humanitário”.
Não me parece que seja a melhor escolha. Só um militar pode coordenar o SNS?
Há 1 ano aqui na Espuma dos Dias
Este ano não é o COVID que está a entupir os hospitais. Os doentes, muitos com sintomas de gripe, que estão nos hospitais têm muitas horas de espera para serem atendidos. O caos está instalado.
As macas das ambulâncias não são libertadas para fazerem novos serviços, pelo que os bombeiros querem passar a cobrar tempo de retenção das ambulâncias nos hospitais.
Os médicos dizem que muitos doentes idosos que aparecem nos hospitais não tomaram a vacina.
A descida acentuada das temperaturas e o convívio durante as festas de Natal e Ano Novo vão aumentar os casos de gripe, dizem os especialistas. A nova Diretora-geral da Saúde avisa que o pico da gripe ainda não foi atingido.
Há 1 ano aqui na Espuma dos Dias
Ontem à tarde houve nova reunião entre os sindicatos dos médicos e ministro da saúde. Não houve acordo, apenas tendo ficado agendada nova reunião para dia 8 de Novembro às 10h30.
A Federação Nacional dos Médicos criticou as propostas apresentadas pelo Governo. Queriam um aumento salarial de 30% mas o governo só dá 8,5%.
Entretanto, continuam a fechar urgências de várias especialidades por todo o país. Em alguns hospitais mantêm -se todas as valências a funcionar mas sem sem cumprirem os números mínimos de profissionais nas equipas. Os médicos continuam a recusar fazer mais horas extraordinárias, do que as impostas por lei.
Finalmente já há nova Diretora-geral de Saúde. Chama-se Rita Sá Machado e tem apenas 36 anos. Entrará em funções a 1 de Novembro. Vai substituir Graça Freitas, nos próximos 5 anos.
Até agora, Rita Sá Machado era conselheira da Organização Mundial de Saúde na área da Saúde e Migrações, em Genebra. Antes, foi conselheira de Migração e Assuntos Humanitários no Ministério dos Negócios Estrangeiros, Missão Permanente em Portugal, e chefe de divisão de Epidemiologia e Estatística da Direção-Geral da Saúde. Formou-se em Medicina pela Nova Medical School, é mestre em Saúde Pública pela London School of Hygiene and Tropical Medicine e tem formação em Medicina em Viagem e Populações Móveis, pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Possui ainda uma pós-graduação em Gestão na Saúde pela Católica Porto Business School e uma pós-graduação em Educação Médica pela Harvard Medical School.
Em 2020 foi uma das especialistas da DGS a falar na comunicação social.
Será que vamos ter saudades de Graça Freitas?
Há 1 ano aqui na Espuma dos Dias
Muitos médicos estão a recusar ultrapassar o limite legal de horas extraordinárias. O limite anual de horas extra é de 150. Por esse motivo muitas urgências têm estado encerradas pelo país.
Numa reunião com deputados do PS, António Costa disse que na 6ª feira, no Porto, se vai reunir com o diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde Fernando Araújo. Diz que vai discutir os novos modelos de gestão dos centros hospitalares.
Então o que anda a fazer o ministro? Parece que Manuel Pizarro já não faz nada na saúde. Que venha outro!
Foto do site do SIM.
Os médicos cumprem 2 dias de greve. Exigem “salários dignos, horários justos e condições de trabalho capazes de garantir um Serviço Nacional de Saúde à altura das necessidades” da população.
Cada vez mais são os portugueses a ter que ir aos hospitais privados pois nos hospitais publicos, muitos serviços de urgência estão fechados.
Manuel Pizarro está a demonstrar que é um péssimo ministro da saúde. O CEO do SNS também não consegue resolver os problemas da saúde.
Na 3ª feira o ministro confirmou que uma grávida foi transferida, no domingo, do Hospital de Santa Maria para uma maternidade privada. Luís Montenegro elogiou o ministro por esta decisão. Manuel Pizarro respondeu que não tem nenhuma "obsessão ideológica" que o impeça de recorrer ao sector privado.
Foto do site da FNAM.
Está a ser complicada a substituição de Graça Freitas na Direção Geral de Saúde. A semana passada o sub-director Rui Portugal demitiu-se. Por causa desta demissão, Graça Freitas teve interromper as férias, antes de se reformar.
Ontem ficámos a saber que André Peralta Santos foi nomeado sub-director em regime de substituição. André Peralta Santos é médico de saúde pública, desempenha funções na Direção-Geral de Saúde como coordenador do projeto PaRIS - Estudo Internacional sobre os Resultados e Experiências dos Utentes com os Serviços de Saúde". Será o novo Direção-Geral de Saúde?
Ontem, a Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP) também abriu o concurso urgente para director-geral da saúde, que será encerrado a 20 de Junho.
Graça Freitas tinha anunciado publicamente em Dezembro que ia deixar a liderança da DGS.